quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Aviso importante

Este blog visa divulgar a Palavra de Deus. Logo, está atrelado à verdade escriturística e, consequentemente a toda verdade, ainda que esteja fora da Escritura, pois entende-se que toda a verdade é verdade divina. 

Dito isso, após um período sem escrever acesso o blog que consta mensagem de "site" nocivo ou algo desse tipo. Não sei o motivo disto. Contudo, sigo minha sina: escrever.

Quanto a mensagem recebida informei a situação ao responsável da web, esperando providência. 

Estas linhas é para assegurar que o teor, aqui, é bíblico. Por isso, não há razão alguma para evitar a página.

Grato pela atenção e compreensão.

sábado, 12 de novembro de 2022

Princípios Batistas - Parte 3

A VIDA CRISTÃ


1 - A salvação pela graça


A graça é a provisão misericordiosa de Deus para a condição do homem perdido. O homem no seu estado natural é egoísta e orgulhoso; ele está na escravidão de Satanás e espiritualmente morto em transgressões e pecados. Devido à sua natureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relação a todos, apesar da corrupção moral e da rebelião. A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana de propósito e iniciativa divinos. Não vem através de mediação sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericórdia e poder divinos. A salvação do pecado é a dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus, pela fé em Jesus Cristo, e pela entrega incondicional a Ele como Senhor.
A Salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e transformadora com Cristo, e se caracteriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá certeza e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã.
A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendição à soberania divina.

2 - As exigências do discipulado


O aprendizado cristão inicia-se com a entrega a Cristo, como Senhor. Desenvolve-se à proporção que a pessoa tem comunhão com Cristo e obedece aos seus mandamentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedecê-la. Essa obediência exige a entrega das ambições e dos propósitos pessoais e a obediência à vontade do Pai. A obediência levou Cristo à cruz e exige de cada discípulo que tome a própria cruz e siga a Cristo.
O levar a cruz, ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discípulo. Este procurará, primeiro, o Reino de Deus. Sua lealdade suprema será a Cristo. Ele será fiel em cumprir o mandamento cristão. Sua vida pessoal manifestará autodisciplina, pureza, integridade e amor cristão, em todas as relações que tem com os outros. O discipulado é completo.
As exigências do discipulado cristão estão baseadas no reconhecimento da soberania de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obediência e devoção completas.

3 - O sacerdócio do crente


Cada homem pode ir diretamente a Deus em busca de perdão, através do arrependimento e da fé. Ele não necessita para isso de nenhum outro indivíduo, nem mesmo da Igreja. Há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus. Depois de tornar-se crente, a pessoa tem acesso direto a Deus, através de Jesus Cristo. Ela entra no sacerdócio real que lhe outorga o privilégio de servir a humanidade em nome de Cristo. Deverá partilhar com os homens a fé que acalenta e servi-los em nome e no espírito de Cristo. O sacerdócio do crente, portanto, significa que todos os cristãos são iguais perante Deus e na fraternidade da Igreja local.
Cada cristão, tendo acesso direto a Deus através de Jesus Cristo, é seu próprio sacerdote e tem a obrigação de servir de sacerdote de Jesus Cristo em benefício de outras pessoas.


4 - O cristão e seu lar


O lar foi constituído por Deus como unidade básica da sociedade. A formação de lares verdadeiramente cristãos deve merecer o interesse particular de todos. Devem ser constituídos da união de dois seres cristãos, dotados de maturidade emocional, espiritual e física e unidos por um amor profundo e puro. O casal deve partilhar ideais e ambições semelhantes e ser dedicado à criação dos filhos na instrução e disciplina divinas. Isso exige o estudo regular da Bíblia e a prática do culto doméstico. Nesses lares o espírito de Cristo está presente em todas as relações da família.
As Igrejas têm a obrigação de preparar jovens para o casamento, treinar e auxiliar os pais nas suas responsabilidades, orientar pais e filhos nas provações e crises da vida, assistir àqueles que sofrem em lares desajustados, e ajudar os enlutados e encanecidos a encontrarem sempre um significado na vida.
O lar é básico, no propósito de Deus, para o bem-estar da humanidade, e o desenvolvimento da família deve ser de supremo interesse para todos os cristãos.

5- O cristão como cidadão


O cristão é cidadão de dois mundos – o Reino de Deus e o estado político – e deve obedecer à lei de sua pátria terrena, tanto quanto à lei suprema. No caso de ser necessária uma escolha, o cristão deve obedecer a Deus antes que ao homem. Deve mostrar respeito para com aqueles que interpretam a lei e a põem em vigor, e participar ativamente na vida social, econômica e política com o espírito e princípios cristãos. A mordomia cristã da vida inclui tais responsabilidades como o voto, o pagamento de impostos e o apoio à legislação digna. O cristão deve orar pelas autoridades e incentivar outros cristãos a aceitarem a responsabilidade cívica, como um serviço a Deus e à humanidade.
O cristão é cidadão de dois mundos – o Reino de Deus e o estado – e deve ser obediente à lei do seu país tanto quanto à lei suprema de Deus.

Princípios Batistas - Parte 2

O INDIVÍDUO


1 - Seu valor


A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem, como indivíduo, é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo.
A Bíblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

2 - Sua competência


O indivíduo, porque criado à imagem de Deus, torna-se responsável por suas decisões morais e religiosas. Ele é competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunhão com Deus, para crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta, e partilhar a verdade com outros. Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem a liberdade de ser neutro em questões de consciência e convicção. Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.

3 - Sua liberdade


Os Batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso – é um direito outorgado por Deus.
Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.

Princípios Batistas - Parte 1

Todo batista precisa conhecer sua história, princípios e doutrinas. Com o intuito de ajudar segue postagens dos princípios que devem nortear nossas vidas.  

A AUTORIDADE


1 - Cristo como Senhor


A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito filho do Deus Supremo – de Sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao Seu serviço, fidelidade ao Seu reino e a máxima devoção à Sua pessoa, como o Senhor vivo. A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está sujeita à sua soberania.

2 - As Escrituras


A Bíblia fala com autoridade porque é a palavra de Deus. É a suprema regra de fé e prática porque é testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus através da revelação de si mesmo e da redenção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domínio. Na sua singular e una revelação da vontade divina para a humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral. O indivíduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução. A Bíblia, como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo é a nossa regra autorizada de fé e prática.

3 - O Espírito Santo


O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. É Deus revelando Sua pessoa e vontade ao homem. O Espírito, portanto, é a voz da autoridade divina. É o Espírito de Cristo, e sua autoridade é a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras são produto de homens que, inspirados pelo Espírito, falaram por Deus, a verdade da Bíblia expressa a vontade do Espírito, compreendida pela iluminação do mesmo.
Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo, tornando, assim, efetiva a salvação individual, através da obra salvadora de Cristo. Ele habita no coração do crente, como advogado perante Deus e intérprete para o homem. Ele atrai o fiel para a fé e a obediência e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor.
O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do Reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus.
O Espírito Santo é o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Espírito Santo (Pentecostes e seus desdobramentos)

Falemos a verdade em amor. Jesus disse aos seus discípulos aguardarem em Jerusalém, visto que, seriam do alto revestidos de poder. Este é para serem testemunhas dele. Os crentes hoje em dia precisam ir a Jerusalém para ser revestido de poder espiritual? Claro que não! Tampouco os crentes atualmente necessitam aguardar tal revestimento. Isto porque aqueles discípulos estavam numa situação histórica bem diferente da nossa. Eles já eram convertidos, salvos, portanto. Contudo, não tinham recebido o Espírito Santo nos moldes da Nova Aliança. 

O Espírito Santo ainda não tinha sido dado, era preciso Jesus ser glorificado - que compreende a ressurreição e ascensão do Filho de Deus aos céus. Todavia, no dia de Pentecostes cumpriu-se, parcialmente, a profecia de Joel. O Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos. Outros desdobramentos do Pentecostes mostra que o Espírito de fato já veio sobre toda carne, já que alcançou além dos judeus, os samaritanos, gentios e prosélitos.  

O mais formidável no dia de Pentecostes não foi os sinais visíveis e audíveis, mas sim, a democratização do Espírito Santo! Este veio de uma vez por todas, para sempre, habitar nos crentes. Infelizmente isso não tem recebido a atenção devida por parte de uns grupos religiosos. No entanto, está claro que a concessão do dom do Espírito Santo é para todo aquele que se arrepende e crê na pessoa bendita de Cristo Jesus, como Salvador e Senhor. Esta dádiva, isto é, o próprio Espírito Santo é dado no ato de conversão.

Efésios 2.8,9 - Dom de Deus

 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus 

Dom é dádiva.  Trata-se de um presente recebido de Deus (sem merecimento algum por parte daquele que recebe). 

Alguns entendem que o “isto” refere-se à fé - citada anteriormente. Dessa maneira, concluem que a fé é dom de Deus. Parece-me que não é apropriada essa interpretação.

Se perguntarmos [ao texto] o que se trata vê que é sobre salvação (ou graça salvífica). Para tanto é preciso considerar o contexto. 

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8,9).

Colocando os pingos nos is. Versa sobre a salvação pela graça - mediante a fé. Note que o “isto” está atrelado à salvação (assunto tratado no capítulo 2.1-10 – queira ler numa assentada só para melhor compreensão, por favor).

Observe que a salvação, antes de tudo, é pela graça, através da fé. E a salvação não vem de obras, para que ninguém se glorie. Além disto, o Novo Testamento apresenta a salvação como um dom de Deus, ou seja, uma dádiva!

Por ser a salvação um presente é recebido de maneira graciosa; não é conquistado ou obtido pelo homem. Tanto o texto quanto o contexto, e à luz do ensino geral das Escrituras, verifica-se que o “dom de Deus” em questão sem dúvida é a salvação.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Repúdio ao presidente da Rússia

Todo santo dia vejo, com os olhos que um dia a terra há de comer, cidades ucranianas sendo bombardeadas por ordem do insano presidente Putin. Quanta atrocidade cometida pelo líder da Rússia! Homem sanguinário, cruel e covarde. 

Espero que a Rússia seja responsabilizada de tal maneira que venha arcar com os custos para reconstrução da Ucrânia. E que o Pútin seja levado ao tribunal pelos crimes de guerra cometidos contra civis. Ademais, a Rússia deveria perder assento no conselho de segurança da ONU. Ter poder de veto, ainda, é um tapa na cara de toda a humanidade. 

Sinais audíveis e visíveis do dia de Pentecostes

 


Aprecio o ensinamento bíblico sobre a temática. No entanto, não coaduno com algumas interpretações hodiernas. Apesar disto, não me vejo como apologista. Sou um expositor das Escrituras.

Percebo que bastantes versículos são utilizados indevidamente. É aquela velha e tão repetida história do chamado texto sem contexto ou ainda versículo isolado fora do contexto! Alguns dos propaladores, pasme, incorrem no mesmo erro. Triste e dura realidade no cenário religioso. Todavia, nem tudo está perdido.

Consta realmente a promessa do batismo no Espírito Santo nos evangelhos. O próprio Cristo, de acordo com Atos dos Apóstolos, ordenou que os discípulos esperassem em Jerusalém a promessa do Pai. O cumprimento da profecia de Joel, inclusive, deu-se no dia de Pentecostes.

Isto é significativo. Mostra que o evento é histórico, único, por isso irrepetível. Talvez alguns leitores fiquem confusos com essas palavras, mas deixem-me explicar: O evento na cruz do Calvário é histórico, como tal não se repete. Cristo Jesus não pode voltar na cruz e ser crucificado novamente, como se isso fosse possível. Semelhantemente, o mesmo se dá no Pentecostes. Aprouve a Deus derramar o seu Espírito sobre toda a carne naquele dia festivo. E, nas palavras petrinas foi o cumprimento da profecia de Joel. Ora, dessa forma o evento Pentecostal não se repete.

Agora, uns poderão perguntar, como ficam as pessoas após o acontecimento daquele dia memorável? A resposta dada pelo apóstolo quando indagado pelos judeus presentes na cidade não foi para continuar na cidade, tampouco os sugeriu a buscar o batismo espiritual depois de se converterem a Jesus. Antes, afirmou-lhes que deveriam se arrepender e ter fé em Jesus, como resultado receberiam o dom do Espírito Santo.

Não foi ensinada uma etapa posterior à salvação, porém, tornariam habitação do Espírito Santo ao se converterem, pois as condições apresentadas para a outorga do dom do Espírito são as mesmas [da salvação]. Foram agregados na igreja, salvos, portanto, tiveram a primeira experiência com o Espírito Santo de Deus!

Talvez uns leitores queiram que me reporte ao evento pentecostal a fim de explicar os sinais daquele dia. Pois bem. É necessário esclarecer que o sinal nunca é maior do que o evento. Isto porque o sinal aponta para algo superior. O mais extraordinário naquela ocasião não foram os sinais – visíveis e audíveis, mas a democratização do Espírito Santo.

Ocorreu um barulho como de vento veemente – não houve ventania onde os discípulos estavam. Tudo indica que o ruído que chamou a atenção daqueles que estavam em Jerusalém por conta da festa de Pentecostes. Foram vistas línguas repartidas sobre os discípulos – este fenômeno foi observado pelos 120 discípulos, inexiste indício de que foi visto pela multidão. E, o último sinal foi os indubitáveis idiomas humanos falados pelo grupo de seguidores de Jesus. Note bem que foram falados dialetos e idiomas. Línguas reais, inteligíveis.

Destes três sinais pode asseverar mais algumas coisas. Os dois primeiros não mais se repetiram. A alegação que o fogo era símbolo de purificação não procede, pois antecedeu ao derramamento do Espírito. No que tange as línguas inteligíveis houve apenas mais dois registros anos após o evento pentecostal. Sobre o significado desses sinais escreverei noutra ocasião. Aguarde a postagem mui breve.

Repito que o acontecimento mais importante foi a outorga do Espírito Santo aos crentes, de uma vez por todas, para sempre. Sendo que atualmente uns só fixam seus olhos para o fenômeno de línguas. Por isso, é bom que fique claro que as línguas foram idiomas humanos concedidos de maneira miraculosa da parte divina. O milagre não foi na audição da multidão, porém, na fala dos discípulos, visto que, o Espírito concedeu a capacitação de falarem indubitáveis idiomas humanos. A multidão ouviu-os porque de fato estavam sendo falados dialetos e idiomas.

É cristalino que a natureza das línguas em Atos dos Apóstolos é idiomática. Rechaço qualquer tipo de tentativa de deturpação ou negação do fenômeno bíblico. Aqueles que acham que o batismo no Espírito Santo é evidenciado por línguas deverão falar em idiomas humanos de modo sobrenatural, sem estudo prévio, portanto. Caso contrário, estarão desautorizados pela Bíblia a asseverar que são as mesmas línguas.  

Os 120 discípulos que vivenciaram tanto a antiga quanto a nova aliança tiveram que aguardar em Jerusalém. Recebeu a outorga do Espírito Santo, conseguinte o poder espiritual para serem testemunhas de Jesus naquela cidade, na Judeia, Samaria e até os confins da terra. Nós não precisamos nos dirigir a Jerusalém, não é questão geográfica, muito menos esperar pelo derramamento do Espírito. Aliás, Paulo aos romanos diz que o Espírito Santo já foi derramado em nossos corações quando nos convertemos. E, ainda nos ensina que todos os cristãos já foram batizados no Espírito no começo da vida cristã.

Certamente que usufruímos dos efeitos daquele evento genuinamente pentecostal. A partir daquele dia o Espírito Santo veio para ficar para sempre com a Sua igreja.

Espírito da Verdade

O Espírito Santo - nosso ensinador

Espírito Santo guia em toda a verdade

Espírito Santo - Consolador

Poder do Alto - Atos 1.8

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra”.


Este versículo é bastante conhecido. Jesus havia dito aos seus discípulos que receberiam poder para ser testemunhas dele.
Alguns acham que esse poder é para mera exibição espiritual. Estes não compreenderam corretamente o que Jesus disse.
Outros exageram ao ponto de afirmar que a palavra ‘poder’ em grego significa um poder de dinamite. Realmente isso o autor não tinha em mente, visto que, a dinamite até então não tinha sido inventada.
Uma historieta: um crente argentino quando esteve no Brasil foi à determinada reunião cúltica. Nesta tinha muita agitação, movimentação, algaravia e bastante barulho. Ao término, perguntou a pessoa que o conduzira até aquele local o porquê de tanto estardalhaço. Como resposta ouviu que aquilo tudo era resultado do 'poder'. Ao que o ‘hermano’ acrescentou: só se for poder de destruir os tímpanos! Essa história real auxilia-nos a não confundir o genuíno poder divino com a capacidade do homem de produzir barulheira no culto. São coisas distintas.
Agora, tem uma ‘cosita’: tem uns que alegam ter poder do alto, porém, não tem caráter. O poder espiritual dado por Cristo Jesus para ser sua testemunha não os isenta de manifestarem o fruto do Espírito. Portanto, tanto o poder quanto o caráter devem ser patentes nas testemunhas de Cristo.

Ps: Poder em grego é δυναμις, ou seja, dynamis – essa é a transliteração. É justamente a raiz das palavras ‘dinâmico’, ‘dinamite’, e ‘dínamo’, porém, como salientado a dinamite sequer existia, por isso certamente o autor sacro não tinha esse conceito.

Hermano = Palavra em espanhol que significa irmão, parceiro, companheiro.

Cosita – Palavra em espanhol que significa coisinha.

Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira é Calvinista?

Morava noutro estado da federação quando participei de um concílio. Antes de começar, em conversa com um colega pastor, ouvi dele que a declaração doutrinária da convenção batista brasileira era calvinista. Disse-lhe que estava equivocado. Apresentei o tópico sobre eleição que desmoronava tal entendimento:

"Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça. Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da sua soberania divina e à luz de sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação. Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens. A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus. Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus. O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação". 

O grifo é deste autor. Constata-se, portanto, que não corrobora com um dos cinco pontos do calvinismo. Então, dizer que a declaração doutrinária da mais antiga convenção batista em solo pátrio é calvinista não tem respaldo. O posicionamento da presente declaração é, digamos, intermediária. Sobre isso posso tratar noutra postagem, mas esclarecido está de que a alegação do distinto colega não coadunava. 

Em tempo: a amizade não foi afetada, continua até o dia de hoje.

Política e vacinação

Entendo que ninguém seja apolítico. Logo, todo mundo é político. Dito isso, sou político, porém, não partidário. 
Como cidadão cumpro os meus deveres e usufruto dos meus direitos constitucionais. Como pastor nunca fiz ingerência no que tange ao voto alheio. Penso que cada um é responsável pelos seus atos. 
Infelizmente, de um tempo pra cá, o negacionismo grassou na sociedade. Tendo, inclusive, muitos colocando em xeque até mesmo a vacinação. Esta sempre foi salutar e, corroborou com o bem estar da população. Todavia, sofreu todo tipo de ataque.
Sou favorável ao voto consciente e responsável conforme estabelecido na Constituição e à vacinação. Isto não tem nada a ver com minha preferência política, mas sim com minha convicção e caráter. 
Repudio a barganha política e toda sorte de politicagem. Tenho ojeriza a mentira, a maneira fraudulenta que chega a ser asquerosa em relação a vacinação. Que não me resta outra coisa a fazer a não ser me posicionar. 

* Alguém pode dizer que o título não tem nada a ver, porém, chegou ao ponto de até a vacina ser politizada. Daí estar relacionada. 

Placa de igreja não é importante? Como assim?

Vez ou outra escuto alguém dizendo que placa de igreja e/ou denominacional não é importante. Não é importante? Como assim? Geralmente quem propala tal coisa frequenta uma igreja que tem, justamente, placa que serve de identificação na sociedade na qual está inserida. 

Não há mal algum ter uma placa. É de bom alvitre, inclusive. Por isso que não entendo a fala em questão. Não faz sentido e é incoerente. Por falar nisto, seria coerente, então, retirar a placa da igreja! Sendo que ninguém que eu saiba ou tenha informação faz isso. Logo, propagar que placa de igreja não tem importância soa como algo falacioso. Realmente, desprovido de nexo.  

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Campanha política dentro da igreja

Assisti estarrecido um vídeo onde pessoas públicas, ligados a um grupo político fazia um discurso dentro de uma igreja pentecostal. A igreja era enorme, milhares de pessoas reunidas apoiando determinado candidato. Que coisa triste, lastimável.

Fico não apenas envergonhado, mas enojado. O que estão fazendo com a igreja de Cristo? Se é que Cristo está na igreja, pois a igreja em Laodiceia havia deixado Jesus no lado de fora. E o quadro descrito era Jesus batendo na porta para que a igreja deixasse Ele entrar afim de restaurar a comunhão. 

Ainda no vídeo, assisti foto do tal candidato além de gritos em apoio e até dancinha dentro da igreja puxado pelos que estavam à frente. Algo realmente deprimente. E assim caminha a humanidade.  

Guerra na Ucrânia

Tenho acompanhado a guerra na Ucrânia causada pela Rússia. Após a invasão russa em território vizinho houve um rastro de destruição e morte. Penso que a comunidade internacional devia adotar postura mais enérgica repudiando veementemente a atrocidade cometida por ordem do presidente russo. 
Além disto, os crimes de guerras devem ser imediatamente investigados e levados aos tribunais competentes. O presidente Putin não pode ficar impune. O mundo inteiro não deve se calar. Lamentavelmente há países que se isentam, e até abstém-se de decisões importantes na ONU, por exemplo. 
Cada dia fico com o coração apertado com os ataques a civis em território ucraniano. Quanta destruição e morte! Quanto sofrimento imposto pelo presidente russo na chamada "operação militar especial" que na prática é guerra, nua e crua.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Princípios de interpretação bíblica

Interpretar o Antigo Testamento não é algo fácil. O estudo deste precisa ser feito diligentemente. Para compreender uma passagem ou descobrir um trecho das Escrituras hebraicas devem considerar algumas coisas.


1) A posição histórica do escritor. Isto é importante, não pode ser relegado. Por isso deve-se incluir a história da época, as condições sociais e religiosas predominantes. É de bom alvitre conhecer a vida particular do autor e, se possível, os seus antecedentes.

2) A língua original em que o autor se expressou. Sabe-se que toda tradução implica necessariamente numa interpretação. Tendo isso em mente, o conhecimento da língua hebraica é indispensável para uma elucidação salutar do Antigo Testamento. Caso o estudante não tenha noção do hebraico bíblico sugiro que busque os melhores comentários acerca do texto original. Isto significa que me refiro aos comentários exegéticos.

3) O contexto da passagem. Os escritores sacros não escreveram cada versículo no vácuo, porém, seguiram a lógica e a razão, passando de um verso a outro. Por isso cada versículo precisa relacionar-se com os outros, de que faz parte. O versículo jamais poderá ser considerado estanque; ele faz parte de texto/contexto. Além do que não pode ignorar que a revelação é progressiva no Antigo Testamento.

4) A natureza da literatura. O gênero literário é importantíssimo para o aclaramento textual. Se o estilo do livro for ignorado a compreensão será totalmente comprometida.

5) As relações existentes com o seu futuro cumprimento.O Novo Testamento revela as verdades ‘escondidas’ no Antigo Testamento. Algumas verdades, que nem os próprios autores nem os expositores judaicos descobriram em suas declarações do Antigo Testamento, só se tornaram cristalinas em Jesus Cristo. Então, deve-se determinar primeiramente o que a passagem teria significado para o escritor e para sua geração. Após, procurar saber a relação que terá no plano eterno de Deus, que o próprio escritor talvez não compreendesse, mas que agora, para os que vivem na plenitude da luz da revelação, é claro.

* Francisco, Clyde T. Introdução ao Velho Testamento. 5ª.ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1995. 288p.

O texto foi adaptado. Os princípios de interpretação foram extraídos das páginas 16 e 17 da obra aludida. Não foi pretendido aqui originalidade, em hipótese alguma, senão oferecer conceitos hermenêuticos para auxiliar os leitores hodiernos. 

Você sabe o que significa, biblicamente, variedade de línguas?

O apóstolo Paulo em 1ª Coríntios 12.10 menciona ‘variedade de línguas’. Este dom espiritual não é concedido a todos os crentes, mas àqueles que são outorgados deve ser exercido visando o proveito comum. Isto porque todo legítimo carisma proveniente do Espírito tem o objetivo de edificar a igreja. 

Dito isso, passo a analisar sucintamente a expressão que consta no original grego: ετέρω γένη γλωσσών. O primeiro vocábulo é ‘hetero’. Heteros significa diferente. Em Atos 2.4, o pronome empregado para ‘noutras’ [línguas] é ‘heterais’, isto é, diferentes das que eles estavam acostumados a falar. 

A segunda palavra é importantíssima para a compreensão do dom espiritual descrito por Paulo como ‘variedade de línguas’. ‘Genē’ (plural) – genos está associado sempre a parentes, prole, família, raça, tribo, nação. Pode significar a nacionalidade ou descendência de uma pessoa em particular. 

O último termo é ‘glosson’ (substantivo genitivo feminino plural). Glossa – significa língua como membro do corpo, órgão da fala; língua, idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferentes dos usados por outras nações.

Diante do exposto posso numa tradução livre definir ‘variedade de línguas’ como a capacidade de falar em várias e/ou diferentes línguas étnicas. Pelo menos é isto que o verso aludido diz, e desta maneira creio.

Dicas para pregadores de "primeira viagem" - Parte 1

Seguem nessa singela postagem algumas sugestões para os pregadores de ‘primeira viagem’. Antes, porém, parto do princípio de que vocês são crentes em Jesus e, por motivos vários foram convidados a pregarem a Palavra de Deus.

Diante disso, explicito tanto a responsabilidade quanto o privilégio que cada um de vocês tem. Estas duas coisas devem ser guardadas no coração e mente de todo o pregador. É natural que vocês encontrem-se nervosos, senão temerosos. Sendo que isso é perfeitamente normal, coisa da nossa própria humanidade. No entanto, vocês foram convidados para uma tarefa sublime que requer algumas coisinhas. Não esperem que seja como receita de bolo, algo pronto. Não, não é assim. Existem particularidades e nuances. Por isso, cada um deve ajustar a sua realidade.

Acho importante serem gratos a Deus por terem sido confiados em expor a Palavra de Deus. Então, com gratidão no coração segue-se a oração. Esta é essencial para o bom andamento do preparo e exposição da mensagem divina. Faça oração, seja objetivo. Peça a Deus orientação sobre o trecho a ser lido e selecionado para basear-se o preparo do esboço.

(Faço uma pausa. Existem algumas pessoas que tem resistências em relação à utilização de esboços. Eu, particularmente, fico muito mais a vontade com eles, pois me norteiam na hora da pregação e dessa maneira evito divagações. Contudo, ainda que vocês não usem esboços, há ao menos reconhecer de que precisam escolher o texto bíblico, lê-lo, entendê-lo para fazer as devidas aplicações).

Apesar de ter colocado a oração em primeiro lugar, quero que entendam que todo o processo de preparo e de entrega da mensagem necessita ser regada a oração, certo? Acho interessante escolher um texto sacro que tenha a ver com a temática, por exemplo, se a programação é de cunho evangelístico penso que por coerência deve-se apropriar-se de um trecho com o mesmo teor. Isto está relacionado ao objetivo da pregação.

Escolhido o texto sugiro que façam leitura tanto em voz baixa quanto em voz alta - posteriormente. Entendo que vocês precisam ‘familiarizar-se’ com o trecho sagrado. A leitura atenta e bem feita é indispensável. Se alguns de vocês tiverem dificuldades [com leitura], leiam devagar, quantas vezes forem necessárias, afim de compreendam realmente o que está sendo lido. Prestem atenção nos verbos, pois estes exprimem ação!

Suponhamos que eu pregue em João 3.16. Trecho áureo - bastante conhecido. Eu, mesmo pautando-me no verso vou considerar não apenas o capítulo 3 inteiro, como o Evangelho de João todo! Por isso, acho sumamente importante saber o que antecede o texto aludido assim como o que vem depois. Significa que caso não saiba o contexto optaria em ler o Evangelho numa só assentada, preferencialmente, só para ter uma ‘visão panorâmica’ do livro em questão. Investiria algumas horas na leitura cuidadosa desse estimado Evangelho.

Selecionado e lido o texto, buscaria nele a ideia central. Nem sempre é fácil ‘descobrir’ a ideia fulcral, mas não arredaria o pé dali enquanto não tivesse essa noção. E, as ideias periféricas precisam ser ‘descobertas’. Além da dica de observar os verbos no trecho bíblico é bom salientar de que cada parágrafo tem uma ideia de pensamento [autoral]. Então, compete ao intérprete contemporâneo descobri-la. Atente para a repetição, o autor, por exemplo, pode usar termo sinônimo para reforçar o que ele tem em mente.

Uma vez que vocês entenderem o texto aludido poderão agora passar para a interpretação deste. Requer conhecimento histórico, social, linguístico, religioso, etc e tal. Estas informações poderão ser obtidas através de dicionários e comentários bíblicos. Depois disto terão mais chances de fazerem aplicações plausíveis. (Continua)

Princípios Batistas - A Autoridade

1 - Cristo como Senhor


A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito filho do Deus Supremo – de Sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao Seu serviço, fidelidade ao Seu reino e a máxima devoção à Sua pessoa, como o Senhor vivo. A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está sujeita à sua soberania.

2 - As Escrituras


A Bíblia fala com autoridade porque é a palavra de Deus. É a suprema regra de fé e prática porque é testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus através da revelação de si mesmo e da redenção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domínio. Na sua singular e una revelação da vontade divina para a humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral. O indivíduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução. A Bíblia, como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo é a nossa regra autorizada de fé e prática.

3 - O Espírito Santo


O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. É Deus revelando Sua pessoa e vontade ao homem. O Espírito, portanto, é a voz da autoridade divina. É o Espírito de Cristo, e sua autoridade é a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras são produto de homens que, inspirados pelo Espírito, falaram por Deus, a verdade da Bíblia expressa a vontade do Espírito, compreendida pela iluminação do mesmo.
Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo, tornando, assim, efetiva a salvação individual, através da obra salvadora de Cristo. Ele habita no coração do crente, como advogado perante Deus e intérprete para o homem. Ele atrai o fiel para a fé e a obediência e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor.
O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do Reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus.
O Espírito Santo é o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.

Deus está morto ou não?

A asseveração de Nietzsche de que Deus está morto é paradoxal. Afinal de contas, Deus sendo Eterno como assim estaria morto? Certamente, o autor da frase não queria dizer que Deus tinha deixado de existir, isto é, morrido. Ele questionava se era razoável ter fé em Deus e pautar nossas atitudes nisso. Ele, então, recusava Deus, entendendo que os demais poderiam se livras dos valores impostos.  

Hoje em dia muita gente discorda veementemente do filósofo supracitado, porém, age como se Deus tivesse morrido. Vive numa comunidade cristã ditando as normas sem ao menos considerar as coisas em oração à Deus. Dito de outra forma, tomam decisões eclesiásticas sem consultar a vontade de Deus. Neste caso, age como se Deus não existisse ou morto estivesse.

Não tenho tempo para abordar a questão de maneira ontológica, mas apenas fomentar uma reflexão no distinto ledor. Isto porque às vezes critica-se de maneira contundente algo, quando está agindo de forma semelhante. 

Para o autor deste blog Deus não está morto, naturalmente, mas não pode agir como se Ele não existisse, por isso que busca ouvi-lo cotidianamente através da Bíblia. Deus está vivo e fala até hoje por meio das Escrituras Sagradas.

Missiologia: o que é isso?

Várias são as definições de missiologia. Uma delas é que missiologia é “a ciência ou estudo de missões”. Já Orlando Costa acerca de missiologia diz que é “a crítica sobre a práxis da missão que interpreta e questiona o passado e o agora da fé, buscando e se projetando para o futuro a fim de corrigir, fortalecer, suster ou totalmente mudar o desempenho missionário da igreja”. Ainda outra definição sugestiva é da parte de Verkuyl: “é o estudo das atividades salvíficas do Pai, Filho e Espírito Santo através do mundo, orientadas para trazer o reino de Deus à existência”.
A missiologia é uma ciência interdisciplinar. Abrangem disciplinas bíblicas, teológicas e históricas, a ética, a hermenêutica, a ciência da religião e ainda disciplinas seculares como a antropologia, a sociologia, a estatística e a comunicação. A missiologia emprega cada uma destas, a fim de refletir sobre a identidade e tarefas missionárias da igreja em dado momento histórico e cultural.
A missiologia ajuda a igreja e o missionário a levar em conta o seu contexto missionário, de tal modo que o evangelho seja transmitido mais claramente em relação a audiência e mais fielmente em relação a Deus.

Nota: Texto deste autor publicado no então blog Missiologia Brasileira. Este, depois de alguns anos foi desativado. 

Mateus 1.18-25

         Um acontecimento extraordinário sem dúvida foi à vinda do Filho de Deus ao mundo, conseguinte sua encarnação. A genealogia de Mateus 1.1-17 tem a intenção explícita de apresentar os direitos de Jesus Cristo ao trono de Davi.

Basta lembrar que durante 400 anos houve um silêncio de Deus. Nenhuma anunciação profética nesse período. O que certamente aumentou a expectativa geral pelo Salvador!
O evangelho relaciona Jesus com as promessas messiânicas apresentando-o como filho de Davi, filho de Abraão - conforme árvore genealógica. Além disto, não é a toa que recebeu esse nome, pois Jesus significa “Iavé é a salvação”. E o título Cristo significando “Ungido” é equivalente a Messias
Relata a entrada do Salvador no mundo. Diz que José está desposado com Maria. Sendo que esta se encontrou grávida. Por isso, pensou em deixa-la em segredo, mas era homem justo. Contudo, o fruto do ventre de Maria era proveniente do Espírito Santo.
O Salmo 130.8 diz “Ele remirá a Israel de todas as suas iniquidades”. Jesus é gerado pelo Espírito para libertar o povo de Deus dos pecados deles. Jesus nasceu por obra do Espírito Santo de Deus! Nascimento virginal, portanto.
Na concepção judia o Espírito Santo era quem trazia a verdade de Deus aos homens. Cria-se que o Espírito de Deus capacitava os homens a reconhecerem essa verdade quando a vissem. Inclusive relacionava o Espírito particularmente com a obra da criação. E, acima de tudo com a obra da recriação (Ezequiel 37.1-14 – Vale dos ossos secos).
No versículo 23 de Mateus do capítulo supracitado evidente está que Jesus é a imagem do Deus invisível. É o Emanuel – Deus conosco. Habitou entre nós, cheio de graça e verdade. Ao encarnar-se não era apenas homem para ser Rei, como também para ser Salvador.
O evangelista quer mostrar aos judeus que Jesus é o Messias. Ele veio ao mundo não por seu próprio interesse, mas sim por todos nós, os seres humanos, para a nossa salvação.
A vida é sublime quando Jesus nos ensina a olhá-la. Quando transforma a nossa mente e muda nosso coração vemos tudo de modo diferente, visto que, Jesus abre nossos olhos para que possamos ver de verdade.
Jesus nos possibilita ver Deus e capacita o homem a ser quem deveria. Ele é a virtude criadora que desceu aos homens. É o poder recriador que liberta as almas dos homens da morte causada pelo pecado. É o Salvador do mundo.

Pós-escritoA narração do evangelista é que o Espírito Santo age no nascimento de Jesus de uma maneira sem precedentes. Nascido de mãe virgem por ação do Espírito.
Dentro da ação criadora de Deus existe algo que a biologia denomina de partenogênese que é o desenvolvimento de um ser vivo a partir de um óvulo não fecundado. Refere-se a um tipo de reprodução assexuada de animais em que o embrião se desenvolve de um óvulo sem ocorrência da fecundação. Alguns tipos de vermes, de insetos e uns poucos animais vertebrados, como certas espécies de peixes, de anfíbios, e de répteis, se reproduzem por partenogênese ou agamia. As abelhas são um desses seres vivos.