quarta-feira, 19 de outubro de 2022
Guerra na Ucrânia
terça-feira, 11 de outubro de 2022
Princípios de interpretação bíblica
Interpretar o Antigo Testamento não é algo fácil. O estudo deste precisa ser feito diligentemente. Para compreender uma passagem ou descobrir um trecho das Escrituras hebraicas devem considerar algumas coisas.
Você sabe o que significa, biblicamente, variedade de línguas?
O apóstolo Paulo em 1ª Coríntios 12.10 menciona ‘variedade de línguas’. Este dom espiritual não é concedido a todos os crentes, mas àqueles que são outorgados deve ser exercido visando o proveito comum. Isto porque todo legítimo carisma proveniente do Espírito tem o objetivo de edificar a igreja.
Dito isso, passo a analisar sucintamente a expressão que consta no original grego: ετέρω γένη γλωσσών. O primeiro vocábulo é ‘hetero’. Heteros significa diferente. Em Atos 2.4, o pronome empregado para ‘noutras’ [línguas] é ‘heterais’, isto é, diferentes das que eles estavam acostumados a falar.
A segunda palavra é importantíssima para a compreensão do dom espiritual descrito por Paulo como ‘variedade de línguas’. ‘Genē’ (plural) – genos está associado sempre a parentes, prole, família, raça, tribo, nação. Pode significar a nacionalidade ou descendência de uma pessoa em particular.
O último termo é ‘glosson’ (substantivo genitivo feminino plural). Glossa – significa língua como membro do corpo, órgão da fala; língua, idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferentes dos usados por outras nações.
Diante do exposto posso numa tradução livre definir ‘variedade de línguas’ como a capacidade de falar em várias e/ou diferentes línguas étnicas. Pelo menos é isto que o verso aludido diz, e desta maneira creio.
Dicas para pregadores de "primeira viagem" - Parte 1
Seguem nessa singela postagem algumas sugestões para os pregadores de ‘primeira viagem’. Antes, porém, parto do princípio de que vocês são crentes em Jesus e, por motivos vários foram convidados a pregarem a Palavra de Deus.
Diante disso, explicito tanto a responsabilidade quanto o privilégio que cada um de vocês tem. Estas duas coisas devem ser guardadas no coração e mente de todo o pregador. É natural que vocês encontrem-se nervosos, senão temerosos. Sendo que isso é perfeitamente normal, coisa da nossa própria humanidade. No entanto, vocês foram convidados para uma tarefa sublime que requer algumas coisinhas. Não esperem que seja como receita de bolo, algo pronto. Não, não é assim. Existem particularidades e nuances. Por isso, cada um deve ajustar a sua realidade.
Princípios Batistas - A Autoridade
1 - Cristo como Senhor
A fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito filho do Deus Supremo – de Sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor justo, sabedoria infinita e santidade divina, e se aplica à totalidade da vida. Dela procede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao Seu serviço, fidelidade ao Seu reino e a máxima devoção à Sua pessoa, como o Senhor vivo. A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está sujeita à sua soberania.
2 - As Escrituras
A Bíblia fala com autoridade porque é a palavra de Deus. É a suprema regra de fé e prática porque é testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus através da revelação de si mesmo e da redenção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domínio. Na sua singular e una revelação da vontade divina para a humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as questões de fé cristã e dever moral. O indivíduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução. A Bíblia, como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo é a nossa regra autorizada de fé e prática.
3 - O Espírito Santo
O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. É Deus revelando Sua pessoa e vontade ao homem. O Espírito, portanto, é a voz da autoridade divina. É o Espírito de Cristo, e sua autoridade é a vontade de Cristo. Visto que as Escrituras são produto de homens que, inspirados pelo Espírito, falaram por Deus, a verdade da Bíblia expressa a vontade do Espírito, compreendida pela iluminação do mesmo.Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo, tornando, assim, efetiva a salvação individual, através da obra salvadora de Cristo. Ele habita no coração do crente, como advogado perante Deus e intérprete para o homem. Ele atrai o fiel para a fé e a obediência e, assim, produz na sua vida os frutos da santidade e do amor.O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do Reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus.O Espírito Santo é o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele, portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.
Deus está morto ou não?
A asseveração de Nietzsche de que Deus está morto é paradoxal. Afinal de contas, Deus sendo Eterno como assim estaria morto? Certamente, o autor da frase não queria dizer que Deus tinha deixado de existir, isto é, morrido. Ele questionava se era razoável ter fé em Deus e pautar nossas atitudes nisso. Ele, então, recusava Deus, entendendo que os demais poderiam se livras dos valores impostos.
Hoje em dia muita gente discorda veementemente do filósofo supracitado, porém, age como se Deus tivesse morrido. Vive numa comunidade cristã ditando as normas sem ao menos considerar as coisas em oração à Deus. Dito de outra forma, tomam decisões eclesiásticas sem consultar a vontade de Deus. Neste caso, age como se Deus não existisse ou morto estivesse.
Não tenho tempo para abordar a questão de maneira ontológica, mas apenas fomentar uma reflexão no distinto ledor. Isto porque às vezes critica-se de maneira contundente algo, quando está agindo de forma semelhante.
Para o autor deste blog Deus não está morto, naturalmente, mas não pode agir como se Ele não existisse, por isso que busca ouvi-lo cotidianamente através da Bíblia. Deus está vivo e fala até hoje por meio das Escrituras Sagradas.
Missiologia: o que é isso?
Mateus 1.18-25
Um acontecimento extraordinário sem dúvida foi à vinda do Filho de Deus ao mundo, conseguinte sua encarnação. A genealogia de Mateus 1.1-17 tem a intenção explícita de apresentar os direitos de Jesus Cristo ao trono de Davi.
Mais ataques russos contra civis ucranianos. Isso tem que parar!
Gosto de escrever sobre teologia e afins, porém, não tem como me calar diante da atrocidade do presidente da Rússia contra civis ucranianos. Putin, como líder, mostra o seu lado mais cruel e desumano. Ademais, se mostra como grande covarde.
A alegação de que a Ucrânia colocava a soberania russa em xeque caso adentrasse para a Otan não se sustenta, pois nenhum país muito menos um conjunto de países iria atacar uma potência nuclear. Logo, a Rússia jamais ficará indefesa. Afinal, armas nucleares não são feitas para serem usadas, mas como dissuasão.
Não bastasse invadir a Ucrânia e sair destruindo tudo pela frente, inclusive cometendo crimes de guerra, agora num revide descomunal ataca civis. Em minha opinião a Rússia por invadir e fazer guerra contra um país livre e soberano deveria deixar o assento do conselho de segurança da ONU que lhe dar poder de veto, pois nesse caso é o Estado agressor não tendo condições morais para tratar sobre a temática, não podendo se colocar como árbitro.
Registro meu repúdio sobre os ataques as infraestruturas ucranianas que afetam diretamente os cidadãos do país, além de matar inúmeros civis. Que os países, inclusive o Brasil, se posicionam firmemente contra as atrocidades do mandatário russo.
Graça permeada na vida de Paulo e na igreja de Cristo
Cora Coralina: Uma mulher marcante
Gostaria de mencionar uma mulher que marcou minha vida: Cora Coralina. Grande poetisa. Sua linguagem simples cativou minha alma desde a tenra idade.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. O saber se aprende com mestres e livros. A Sabedoria, com o corriqueiro, com a vida e com os humildes. O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada. Caminhando e semeando, sempre se terá o que colher”.
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
Boa nova ou notícia falsa?
Eu, um cristão denominado batista
Princípios Batistas - O Indivíduo (3)
3 - Sua liberdade
Os Batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso – é um direito outorgado por Deus.Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.
Princípios Batistas - O Indivíduo (2)
2 - Sua competência
O indivíduo, porque criado à imagem de Deus, torna-se responsável por suas decisões morais e religiosas. Ele é competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunhão com Deus, para crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa descoberta, e partilhar a verdade com outros. Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem a liberdade de ser neutro em questões de consciência e convicção. Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.
Princípios Batistas - O Indivíduo (1)
1 - Seu valor
A Bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem, como indivíduo, é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo.A Bíblia revela que Cristo morreu por todos os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.
O pastor pode se candidatar a cargo político?
Esta pergunta foi feita por um amigo, crente em Jesus. Entendo que toda pessoa é político, mas não significa que é ligado a algum partido político. Nesse caso, uma vez que o pastor é político seria de bom alvitre ser apartidário.
Não obstante, o pastor como cidadão pode sim, se candidatar a cargo político, porém, não deve. Valendo-se do versículo clássico, o pastor pode se candidatar, porém, não convém. Embora possa se candidatar, penso que não seja conveniente.
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém" - (1ª Coríntios 6.12)
Púlpito não é palanque eleitoral
O púlpito é o lugar onde o pastor prega a Bíblia O pastor não tem mensagem própria, deve anunciar somente a Palavra de Deus.
O pastor precisa se esmerar para proclamar a Bíblia mantendo-se leal a Jesus e fiel as Escrituras.
O pastor nunca deve franquear o acesso ao púlpito para candidato político. Afinal de contas, púlpito não é palanque político e/ou eleitoral.
Que diz a Bíblia sobre falar em línguas?
Vez ou outra acesso site e/ou blog em outros idiomas. No presente caso cujo título foi traduzido ao pé da letra é em espanhol. Gosto de saber o que crentes em outras terras pensam sobre a temática. Colocarei as ideias do articulista de maneira fidedigna. Os textos bíblicos citados serão mantidos. Depois tecerei comentários sobre o artigo sucinto desejando lançar luz e desfazer equívocos. Neste caso darei atenção mais as referências escriturísticas.
O articulista fala que o dom de línguas é dom espiritual, mas que buscará o seu significado. Afirma que o dom de línguas consiste numa fala em que a pessoa mesma não sabe, sendo desconhecida, visando tanto a edificação própria quanto da igreja.
Assevera que o próprio Cristo tinha dito que as pessoas falariam em novas línguas (Marcos 16.17). E informa que os apóstolos, por exemplo, pregaram o evangelho em línguas e foram entendidas por pessoas de diversas nações (Atos 2.1-12).
Adiante, menciona o ensino paulino (1 Coríntios 12-14) sobre línguas no qual se refere como línguas que as pessoas não entendem, desconhecidas portanto. Estas seriam para o benefício pessoal e, quando interpretadas edificariam a igreja toda.
O que diz a Bíblia sobre o dom de falar em línguas? Segundo o autor grande parte do ensino encontra-se na carta de Corinto. Ele suspeita que muitos receberam o dom espiritual em questão, porém, não estavam usando corretamente na reunião cúltica. Alega que Paulo quis orientar os crentes no propósito divino (1 Coríntios 12.1-4). Mostrando que o dom de línguas é um entre vários que é concedido para a edificação do corpo de Cristo.
Falando em línguas para a edificação é outro tópico do autor. Diz que a fala em línguas por si só beneficia a pessoa. Neste caso, o indivíduo é edificado. Seriam coisas colocadas no espírito humano que não poderiam ser colocadas em palavras. Esclarece que a melhor maneira da igreja receber a edificação é através da profecia. Todavia, a fala em línguas na igreja pode ser benefício para todos os membros se for interpretada para ser compreendida.Quando usado dessa maneira, o dom de línguas deve ser usado para enfatizar a mensagem espiritual, e não apenas porque você se sente fortemente emocional. Desta forma, outros além daquele que fala em línguas serão edificados.
Aborda ainda que o dom de línguas é um sinal para os incrédulos. Haveria outro motivo pelo qual o dom de línguas é dado (1 Coríntios 14.21-22). Dessa forma, poderia beneficiar aqueles que assistem o culto, porém, não confessaram Jesus como Salvador.
Por último indaga: quem recebe esse dom espiritual? Evoca 1 Coríntios 12.28-3 para afirmar que nem todos recebem o referido dom. Assim, conclui que só alguns recebem o dom de línguas. Afirma que o dom de línguas não tem, necessariamente, nada a ver com maturidade espiritual. Não obstante, quando se utiliza apropriadamente o dom pode ser usado para benefício próprio ou ainda para a edificação da igreja.
Até aqui, traduzi e fiz ligeira adaptação, sem prejuízo para o texto aludido, visto que não seria leviano. Agora, sim, meus apontamentos:
O articulista classificou como dom de línguas na forma de linguagem desconhecida. Eis um erro grosseiro. Explico: as novas línguas conforme o evangelho de Marcos não consiste em línguas ininteligíveis, porém, inteligíveis. Seriam línguas "desconhecidas" para os falantes, mas conhecidas por pessoas de respectivos grupos étnicos. Marcos não diz que seriam línguas que ninguém entendem, incompreensíveis.
Atos 2 foi aludido como línguas desconhecidas no sentido de incompreensíveis. Sendo que o texto sacro mostra que os discípulos foram capacitados pelo Espírito Santo a falarem, não numa língua desconhecida, mas em línguas conhecidas. As línguas em Atos foram, sem dúvida, idiomas humanos. E, as pessoas das nacionalidades ali representadas só compreenderam porque verdadeiramente línguas estrangeiras foram faladas pela atuação do Espírito Santo. Algo miraculoso, portanto.
No tocante as línguas descritas em Corinto há inúmeras discussões hodiernas, porém, não vou me prender a esses debates intermináveis. Entretanto, fica claro principalmente quando analisa-se a língua grega -usada na composição do Novo Testamento, que ao descrever variedade de línguas o apóstolo Paulo refere-se a várias línguas étnicas. Não está na mente do apóstolo língua desconhecida, isto é, incompressível.
Quando o apóstolo coloca a lista dos dons espirituais frisa que a concessão é para proveito comum. Não é a toa que o dom visa a edificação da igreja. Ao dizer que o que fala em língua edifica a si mesmo, soa-me como uma ironia, visto que denota egoísmo.
Ao mencionar línguas desconhecidas como sinal para os incrédulos, comete outra derrapagem na interpretação textual, pois o apóstolo cita Isaías 28.11 que versa sobre línguas estrangeiras. Logo, a associação com língua desconhecida é improcedente. Apesar disto, línguas inteligíveis, ou seja, conhecidas, de fato, é sinal para os descrentes.
Variedade de línguas não é concedido a todos os crentes, pois nem todos recebem tal dádiva, ainda assim, sempre será na forma de línguas conhecidas.
Guerra da Rússia e Ucrânia
No início do ano a Rússia mobilizava um número expressivo de soldados nas fronteiras ucranianas. O presidente Putin dizia tratar-se de exercícios militares, só isso.
Ao invadir o país vizinho adequou-se o discurso de que havia nazistas, tentando assim justificar a operação militar especial que na prática é guerra. No entanto, o termo "guerra" não pode ser mencionado por ninguém, dentro do território russo, sob o risco de ser preso e sentenciado por cerca de dez anos, ao menos.
Inúmeros crimes de guerra foram cometidos pelos russos, todos esses devem ser creditados à pessoa do presidente que invadiu um país livre e soberano num plano insano. Sei que sempre negará tais atos cruéis, porém, contra fatos não há argumentos.
Após anexação indevida e vergonhosa, ameaça utilizar arma nuclear. Tudo isso faz sentido com a mente maquiavélica do líder russo. Penso que está falando a verdade nesse caso, porém, sua biografia manchada de sangue ficará pelo restante da história.
Naturalmente, sou a favor da paz. Gostaria de um cessar imediato da parte russa, ainda mais, que pagasse indenização a cada família que perdeu um ente querido, e arcasse com a reconstrução de tudo o que foi destruído na Ucrânia. Sei que tudo isso não será feito, porque destruir é fácil, porém, fazer algo bom e correto é dificílimo, principalmente para o referido presidente.
sábado, 8 de outubro de 2022
Doutrinas e práticas batistas devem ser, somente, nossa preocupação.
Na década de 90 cogitou-se que a causa da divisão de igrejas batistas por práticas pentecostais fossem por causa da proliferações de seminários. Ledo engano.
Primeiro é bom que se diga alto e bom som que seminário não faz o aluno, ao contrário, o aluno que faz o seminário. Tem aluno que passa pelo seminário, porém, não permite que o seminário passe por ele.
Segundo que a existência de seminários não oficiais faz com que a “concorrência” seja salutar. Além disto, há seminários sérios e bem administrados com excelente corpo docente que contribui bastante com a formação teológica dos futuros pastores.
É digno de nota que os grandes rachas denominacionais não foram causados por egressos dos seminários não oficiais, porém, de graduados que saíram dos seminários oficiais, confessionais, portanto.
Os seminários confessionais ou não, nunca ensinam práticas pentecostais. Pessoas que fizeram teologia, foram sabatinados num concílio, conseguinte consagrados, depois de algum tempo ministerial por incapacidades espirituais, doutrinárias e teológicas partem para outras práticas que não são batistas.
Penso que não deve-se preocupar e/ou ocupar com estudos sobre práticas e doutrinas pentecostais, mas sim, estabelecer o que vem a ser as práticas e doutrinas batistas. Só assim teremos condições de saber quem, de fato, é batista uma vez que serão colocados os parâmetros.
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Peço licença...
Chegou-se o tempo que tenho de pedir licença no meandro religioso por acreditar somente na revelação divina devidamente registada na Bíblia.
Quando me converti fui ensinado de que a Bíblia é a única regra de fé e prática. Aprendi que a Bíblia é completa; daí o conceito da suficiência das Escrituras.
Então, conclui que em matéria de fé a Bíblia é normativa e autoritativa. Ademais, se é completa não pode-se acrescentar nada tampouco subtrair. Ela basta, portanto.
Todavia, diante de tanta revelação que não está na Bíblia, embora seja atribuída a Deus sou instado a crê na revelação contemporânea. Recuso-me! Apesar da insistência de muita gente não concebo em minha mente e coração.
Peço licença, então, para acreditar e pautar minha vida calcada só na Bíblia Sagrada. Isto porque na mente e coração deste só há espaço para todo teor escriturístico. Sola Scriptura!
A doutrina do batismo no Espírito Santo
Ao contrário do que alguns pensam o batismo no Espírito Santo como subsequente à conversão não foi crido e ensinado no decorrer dos séculos. Trata-se de um ensino propalado no início do século 20, nos Estados Unidos. A afirmação de que o tal ensino sempre esteve presente, com a evidência de línguas estranhas, carece de fundamentação histórica.
Ademais, nos séculos anteriores acreditou-se que o dom de línguas consistia na capacidade dada pelo Espírito Santo ao crente para falar em línguas estrangeiras. Só no começo do movimento chamado pentecostal que introduziu a ideia de línguas estranhas ser a evidência do batismo no Espírito Santo.
De qualquer forma, o batismo no Espírito Santo como obra posterior a regeneração ficou popularizado como "segunda benção". Embora, muitos se referissem a "revestimento de poder", entre outras expressões.
Muitos textos são usados, indevidamente, para tentar sustentar o ensino de que se deva buscar o batismo no Espírito Santo após a conversão, porém analisando as passagens não se obtém o mesmo entendimento apregoado hodiernamente. Por exemplo, em Marcos 16.17 diz o texto que seriam faladas novas línguas. Apressadamente, e à luz dos acontecimentos recentes, deduziram que se referiam a línguas estranhas. Contudo, numa leitura a partir do texto em grego verifica-se que o autor não tinha isso em mente. Outro, Atos 2.4, as línguas que foram concedidas que falassem foram indubitáveis idiomas humanos. Não tendo nada a ver com as línguas estranhas contemporâneas.
A profecia de Joel 2,28,29 é evocada muitas vezes por pessoas querendo sustentar essa doutrina nova, quando se compara aos mais de dois mil anos de história do cristianismo, mas trata-se do derramamento do Espírito Santo a toda a carne, aludindo a todas as pessoas; não algumas pessoas.
João, o Batista disse que Jesus batizaria no Espírito Santo (Mateus 3.11). Esta profecia cumpriu-se cerca de três anos depois no dia de Pentecostes. A cena descrita é de Jesus sendo o batizador, mergulhando o candidato no Espírito Santo.
Lucas, enfatiza o poder ao receber o Espírito Santo. As pessoas receberiam o Espírito Santo como consequência receberiam poder do alto para ser testemunhas de Jesus (Lucas 24.49). O Espírito Santo habitando no discípulo transferiria o poder espiritual (Atos dos Apóstolos 1.8). Este é resultante da presença de Deus no crente. É bom atentar para João que disse que o Espírito Santo só viria após Jesus ser glorificado (João 7.38,39).
Voltando para o texto clássico, Atos 2.1-4, observe que os discípulos eram todos judeus. Já seguiam a Jesus, porém, receberiam o Espírito Santo justamente naquele dia memorável - na festividade de Pentecostes. Aqueles discípulos viveram debaixo da antiga e da nova aliança. Aprouve a Deus que todos recebessem o Espírito Santo. Nenhum discípulo ficou sem o dom do Espírito. Todos foram batizados no Espírito Santo (Atos 1.5), simultaneamente cheios do mesmo [Espírito]. Este concedeu a capacidade de falarem em várias línguas, línguas conhecidas. Houve fenômenos audíveis e visíveis no dia de Pentecostes quando todos os crente receberam o Espírito Santo.
Nós não precisamos se dirigir a cidade de Jerusalém, muito menos ficar aguardando o batismo no Espírito Santo, pois segundo as palavras de Pedro (Atos 2.37-39) as duas condições para receber, graciosamente, o dom do Espírito Santo é arrependimento e fé em Jesus, justamente as mesmas condições da salvação. Não é preciso esperar, buscar, mas tão somente receber o próprio Espírito Santo na ocasião da conversão. Este é o ensino petrino, paulino, enfim, o ensino apostólico.
Todos que vão se convertendo são virtualmente batizados no Espírito Santo, são imersos no Espírito, introduzidos assim no corpo de Cristo, isto é, a igreja. É a promessa destinada a todos, indistintamente.
Existem conceitos errôneos sobre o batismo no Espírito Santo pautados nas experiências humanas, vejamos alguns: a ideia de que deve buscar o batismo espiritual. inexiste mandamento nesse sentido. A ordem bíblica é buscar a plenitude do Espírito (Efésios 5.18), porém, não pode ser confundido com o batismo no Espírito. Podendo acontecer ao mesmo tempo. Ainda assim, distintas. Outra ideia é que só pessoas tidas como "consagradas" recebem o batismo no Espírito. Ora, na igreja em Corinto muitos eram carnais, imaturos, entre outras coisas, mas todos tinham sido imersos no Espírito Santo (1 Coríntios 12.13). Logo, não tem ligação necessariamente com santidade.
Como foi asseverado, todos os crentes são batizados no Espírito Santo quando entregam suas vidas a Jesus recebendo-o como único e suficiente Salvador. É no ato de conversão que o Espírito Santo é concedido ao crente que vive debaixo da nova aliança. Este é o Espírito Santo da promessa. Prometido a todos os que vão sendo salvos pela graça mediante a fé em Jesus.
Como foi mostrado alguns textos são distorcidos, induzindo os crentes a erros. Erros que podem ser evitados através de ensino sério e sistemático. Daí a importância de fazer leitura cuidadosa e estudo criterioso.
Atos 2.39 alude a universalidade da promessa do batismo no Espírito que equivale ao dom do Espírito Santo destinado a todos que vão ser salvos. Destarte, todos os salvos são imersos no Espírito Santo na ocasião da conversão.
Entre os fenômenos que fizeram presentes no dia de Pentecostes nenhum deles se verificam nos grupos que desejam reproduzir o mover divino com inúmeros expediente humanos. Alegam que se baseiam no evento histórico de Pentecostes, porém, sequer as línguas são as mesmas. Terminantemente, no dia de Pentecostes não foram faladas línguas estranhas. Por isso, usar o texto de Atos 2.4 como pretexto para falar línguas desconhecidas é estranho ao texto, bem como uma deturpação do verdadeiro dom de línguas conforme descrito por Lucas.
Trago à memória que as línguas citadas por Marcos referiam-se a línguas conhecidas, conforme se deu no dia de Pentecostes. Então, querer pautar nesses textos e, apresentar outro fenômeno diferente é absurdo. Realmente, inconcebível. Alguém poderia indagar a respeito das línguas de 1 Coríntios 14. Sendo que é outro caso, não discutido aqui por questão de tempo, mas se os grupos atuais tem como modelo Atos dos Apóstolos o mínimo é apresentar o mesmo tipo de fenômeno, o que não ocorre. A questão é: apoiar-se em Atos para promover ensino de que línguas estranhas é a evidência inicial do batismo no Espírito Santo sabedor que lá no Pentecostes ocorreu línguas conhecidas é o fim da picada.
terça-feira, 4 de outubro de 2022
Experiências...
Na internet tem de tudo! Muita coisa mesmo, porém, não significa que todo conteúdo é verdadeiro, e que precisa ser copiado. Aliás, temos o péssimo hábito de sair propalando as coisas sem ver a veracidade, agimos como meros repetidores sem nenhum tipo de reflexão e senso crítico. Não é a toa que engolimos moscas, muitas moscas.
Numa das redes sociais mais acessadas no país certa pessoa conta a sua experiência do chamado batismo com o Espírito Santo. De início afirmo que tal pessoa é sincera e cheia de boa intenção, divulga com o desejo de ajudar outras pessoas. Contudo, apesar de bem intencionada, incorre em erro e, pior induz outros ao mesmo erro.
Começa citando a Bíblia, um versículo fora do contexto, depois outro dessa vez no evangelho de João onde menciona que o Espírito Santo seria dado de uma vez por todas, para sempre. Não obstante os textos sacros ditos de maneira indevida, fala que sua experiência foi algo marcante, pois havia um desejo em sua alma de conseguir.
Narra que sentia-se frustrada achando que não receberia tal benção, comumente chamada de “segunda benção”. Chegava ao ponto de achar que sua oração não teria eficácia caso solicitada por outra pessoa. Mesmo convertida teve muita dificuldade, inicialmente, mas Deus foi trabalhando em sua vida. Alegou que ocorreu uma obra sobrenatural em sua vida. Ora, toda ação divina é de cunho sobrenatural. Sendo que enfatiza isso.
Teve um sonho sendo batizada no Espírito Santo. Isto ficou gravado na sua mente e coração. Numa reunião cúltica houve uma cura mediante oração feita pela mesma. Foi então que um líder religioso disse-lhe que seria batizada no Espírito naquele mesmo dia. Houve certa ansiedade naquele ínterim, até que na vigília de oração teve uma visão. Durante a visão foi então batizada no Espírito, imediatamente falando em línguas estranhas. A partir daí obteve a direção de Deus em tudo.
Encoraja as pessoas a buscar o batismo com o Espírito, apesar de sua experiência não haver tal busca. De qualquer forma está registrada a experiência dela. Se queria falar, assim fez, porém, não deve ser tomada como padrão.
Agora, teço comentários: primeiramente, a Bíblia é a única regra de fé e prática. Esta é normativa e autoritativa. Nenhuma experiência por mais sincera e legítima que seja poderá constituir modelo para outrem. Segundo, que a experiência desta pessoa é completamente diferente de outra e de outra e, assim por diante. No caso dela não buscou o batismo no Espírito, mas recebeu enquanto teve uma visão. No final, sugestiona outras pessoas buscarem o batismo apesar de não ter ocorrido assim com ela. Então, deduz-se que nem a experiência dela é padrão para outras pessoas.
Em terceiro lugar destaco os versículos isolados, citados aleatoriamente, sem o desejo de entendê-los dentro de seus contextos. Como é recém convertida não foi ensinada corretamente ou não aprendeu direito. Quarto, para autenticar sua experiência menciona visão como meio de revelação. A visão não ficou clara, diria parcial. Ainda assim, trata-se de uma revelação extra bíblica, afinal não se constitui da Palavra de Deus. Ademais, a Bíblia é a revelação inspirada, inerrante, infalível, perfeita e, sobretudo completa.
Quinto, menciona línguas estranhas como sinal do batismo no Espírito. Sei que não mencionou texto de Atos dos Apóstolos, porém, baseia-se provavelmente neste livro de Lucas. Isto porque basicamente todo mundo utiliza tal livro. No entanto, as línguas da experiência hodierna não tem nada a ver com as línguas faladas no dia de Pentecostes. Sexto, usou terminologia inapropriada associando sua experiência com o selo do Espírito Santo - como obra distinta da conversão. Todavia, um novo convertido não precisa saber tudo, mas precisa ser orientado à luz da Bíblia Sagrada. Eis a hercúlea responsabilidade dos líderes religiosos contemporâneos, portanto.
Termino dizendo que temos dezenas, centenas, milhares de experiências de pessoas no arraial religioso, mais não torna-se padrão pra ninguém, exceto se estiver realmente embasado na Palavra de Deus. Admite-se que trata-se de pessoas com fé, sinceras e tementes a Deus, porém, não deve ser imitadas tampouco divulgados como padrão. A despeito das experiências, já viu o que realmente a Bíblia diz acerca do batismo com o Espírito Santo?
domingo, 2 de outubro de 2022
Homilética Prática – Thomas Hawkins, 2ª edição. Rio de Janeiro, JUERP, 1978. 108 p.
Tenho em mãos um livro de Hawkins sobre Homilética. É um manual sobre como preparar esboço visando o pregador leigo. Pautado nele darei algumas dicas. Aviso de início que seguirei as ideias principais do livro, porém, o que se verá no bojo será inteira responsabilidade de minha parte. Este não quer em hipótese alguma originalidade, não é isso que se pretende, sequer cogitou tal coisa. Contudo, a informação dada é pra evitar espanto caso alguém possua a obra aludida.
De maneira sucinta e objetiva a homilética é a arte da pregação. Como arte pode ser aprendida e, por isso, ao alcance de todo crente em Jesus. Existe muita gente bem intencionada no que tange a pregação, porém, verifica-se que nem todo mundo está habilitado para a nobre tarefa. Antes que alguém diga que ‘quem capacita é Deus’, no qual concordo plenamente, adianto-me que isso não exime o pregador de sua responsabilidade em relação ao preparo do esboço. De fato bastante gente prega a Palavra de Deus, porém, nem sempre faz adequadamente e/ou corretamente. Sobre isso ficará esclarecido no decurso dessa exposição. Contudo, escrevo justamente para auxiliar o pregador denominado leigo. Espero realmente ser útil a cada um.
Há muitos livros bons sobre homilética publicado em língua portuguesa. Além desta obra referida, que possivelmente encontra-se em sebo, visto que é material antigo. Recomendo outro, José da silva – Um Pregador Leigo (anteriormente publicado pela então JUERP, mas atualmente relançado pela editora Convicção em parceria com a Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira).